O fito de um poema é o silêncio
que o termina,
sabem-no os poetas, os leitores,
e assim fingem
ler, pensar, julgar, interpretar
antes do vazio.
A poesia como o teatro, ou a
missa, ou alegrias,
montanhas que subimos para
podermos descer,
e tudo o que fazemos, que nos deixa
ficar feitos.
Antes de morrer havíamos de viver
um bocadinho,
cansarmo-nos, saltar, tirar palavras
de uma boca.
Que venha a noite, tremenda, e
ainda seja linda.
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