20.8.12

Agosto


Ouço os emigrantes que falam entre eles com línguas novas, rostos tão Sul de sons tão Norte.
Ouço os emigrantes que falam em línguas e sinto-me assim, voltado de um lugar que não fica onde.
Digo palavras que são só minhas e que nem eu entendo, são palavras-ponte que já ninguém atravessa.
Só os sotaques e as minis lhes seguram o passado, como a mim o medo e algumas canções antigas. 

 
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