Algumas noites não passam nunca,
nunca
Estou ainda numa quarta-feira,
Janeiro 2002
Acordado e doente de Maio de um
ano sinistro
Noites cicatrizes, manchas,
traumatismos
Noites que são falta de ar no
peito, no corpo
escuro a crescer, comendo,
correndo a sangue
Noites em que se morre de todas
as vezes
as muitas madrugadas que não
viram o sol
Espera, delírio, amores que não
cumpriram
(são nocturnos os amores que não se
cumprem)
É raro dormir, como é raro estar
desperto
Leio, mexo em mim, grito, (não,
não grito)
E sobra-me sempre tanto do que é
escuro
E tenho muitas mais noites do que
dias
Escuro. Mas lindo!
ResponderEliminarPoemas perfeitos em noites escuras
ResponderEliminarÉ sempre dentro de nós que se faz noite...
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