Na belicosa tribo dos Salué é tido como bom augúrio encontrar um Tapapi sozinho de manhã pela floresta. Tal visão é particularmente auspiciosa sempre que o Salué em causa não tenha decidido ainda o que preparar para o almoço.
Já na precavida cultura dos Tapapi considera-se que a aparição de um Salué em tais circunstâncias constitui um péssimo presságio. Para o poderem anular, os Tapapi transportam frequentemente um poderoso amuleto que consiste numa catana ligeiramente mais afiada do que permite a tosca tecnologia dos Salué.
O povo dos Pabis, arbóreo e discreto por natureza, observa estas movimentações terrenas com um misto de diversão e displicência. Afinal, tudo quanto possa acontecer está já inscrito nas nervuras das folhas com que se alimentam.
(Incluido no último número da Minguante)
boa! faz lembrar as historietas do papini...
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