Árvores
são máquinas de caírem folhas
como
nós somos de doer e fim e noites
E quando choramos não fazemos mais
do que a nossa mui íntima obrigação
Se amamos tão úteis quanto uma flor
pétala a pétala até chegar o Outono
é porque não assinámos o tempo
E clandestinamente vamos caindo
amparando as mortes com beijos
do que a nossa mui íntima obrigação
Se amamos tão úteis quanto uma flor
pétala a pétala até chegar o Outono
é porque não assinámos o tempo
E clandestinamente vamos caindo
amparando as mortes com beijos
à espera de um fim para começar
O Outono não é fim e o Inverno não será a morte. Ainda que as árvores se dispam, preparam-se apenas para o frio rigoroso. Para que possam renascer na Primavera.
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ResponderEliminar[a elipse das palavras, a estação
dos todos os instantes.]
um abraço,
Lb
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLindo poema.
ResponderEliminarNão resisti e levei