Não creio em deus nem no amor
não faço figas, não digo o teu nome
mas ando por aí onde não me vês
de mãos nos dedos a contar noites
e a sentir muito as horas inteiras
Faço versos brancos que não és tu
nem as ruas vazias de tanta gente
nem nada que sirva, nada de bom
Sonho às vezes, sonho contigo
e connosco, alegrias pequenas
que não acordam nem lembro
Não creio em deus nem no amor
mas rezo ainda e penso em ti