25.7.13

linho

queria um verão de linho branco, uma coisa pura, uma coisa ar
mas não sei se foi do vento, ou aquele bicho a morrer na praia
o sol foi-se pondo mais cedo e tu choravas e eu também
o mar nunca foi tão frio, pois não? nada tão frio, pois não?
e o sal nos beijos, e um mal nas mãos, e um sal nos beijos
tecemos de estopa uma manta rude arranhando corpos
e o coração, também de estopa, e o coração


5 comentários:

  1. A frustração parece ser áspera, não é?

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  2. Poema lindo ,amei !
    Descobri seu blog pela página da Bienal ,vou seguir e virar leitora :)

    http://poemadecadadia.blogspot.com.br

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  3. E eu descobri tua página em página de Luís Galego que sempre nos indica grandes escritos. Um abraço!

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  4. Nuno,

    acabei de ler o seu livro"Debaixo de algum céu". e que lhe posso eu dizer a respeito, perante o que o júri que o consagrou "Prémio Leya 2012", não tenha dito?
    concordo em absoluto. a sua escrita "é precisa e flui". e estas duas características fazem dela algo simbiótico e belo, muito belo.

    tomo a liberdade de o colocar na lateral dos meus escritos, no meu espaço.

    as maiores venturas
    grata

    Mel (Maria Amélia de Carvalho Luís)

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  5. Leve, branco e puro como só a verdadeira Poesia.

    Lídia

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