A minha, o meu, e eu sem nenhum.
Sou apenas eu, e tão pouco às
vezes.
O meu já anda, o meu aprendeu a
falar.
O eu já dói e geme um pouco ao
baixar.
Uma vida limpa, sem restos nem
filhos,
ou amores a sério, ou obra que
se veja.
Não estraguei nada e deixo o
que achei:
um pedaço de ser quase por
estrear.
Talvez um dia morra como quem
desnasce,
as dores e os prazeres somados em
nada
até à última casa decimal de porra
nenhuma.
Terei aprendido às minhas grandes
custas
A arte perfeita de apenas fazer
horas.
Também sou perita a fazer horas. Perfeito.
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