não tenho versos que te sirvam
nem beijos que cheguem para ti
ando curto de todas as palavras
e só risos e passeios lentos a pé
pelas ruas de sol da tua cidade
encolho ainda o amor na língua
porque me dói isso, o verbo –te
que eu esmurrei em particípio
leva-me certo nas mãos certas
e olha para a frente de nós
como se eu não fosse atraso
ou sombra, ou um homem só
mas te andasse nos mesmos pés
e te amasse, e andando te amasse
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