Pode-se muito bem enlouquecer por as coisas serem como são,
foi o que aconteceu visto daqui agora. A vida e já está.
Não há mais frio que arrepie, não há mais nada que doa.
Um louco faz o que pode e vai andando por aí como
os outros andam, a rir, a comprar a lotaria e a fazer
festas aos meninos que são bonitos, tão bonitos os meninos.
A loucura deve ser muito triste vista de fora.
Um homem vazio enche-se de coisas doidas às voltas
e não há rezas que valham um insorcismo.
Diabos velhos espreitam os corpos desabitados,
é assim que o mal acontece, assim elas mordem.
Uma mulher que gostava de amar furou um homem,
foi por ali à vida dela, pediu silêncio e compreensão.
A vida é engraçada e toda cheia de variedades.
O pior é o inverno e o resto, o resto é que é o diabo.
Talvez essa mulher desse tudo para poder fazer alguma coisa. O que quer que fosse que resolvesse o imbróglio. Talvez não esteja nas suas mãos. Nem nas do homem. (Cheira-nos, aos de fora, que sofrem os dois.) Foi uma coisa que lhes aconteceu(?) Um inverno quando podia ter sido uma primavera. Vá-se lá saber a que propósito deus, ou o diabo, ou ambos, resolveram brincar dessa maneira. Uma vida (uma alma) não se enche só de uma mulher, ou só de um homem. Não é justo que se diga que sim. Digo eu...
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