19.9.13

Equinócio

Árvores são máquinas de caírem folhas
como nós somos de doer e fim e noites
E quando choramos não fazemos mais
do que a nossa mui íntima obrigação
Se amamos tão úteis quanto uma flor
pétala a pétala até chegar o Outono
é porque não assinámos o tempo
E clandestinamente vamos caindo
amparando as mortes com beijos
à espera de um fim para começar

4 comentários:

  1. O Outono não é fim e o Inverno não será a morte. Ainda que as árvores se dispam, preparam-se apenas para o frio rigoroso. Para que possam renascer na Primavera.

    ResponderEliminar

  2. [a elipse das palavras, a estação

    dos todos os instantes.]

    um abraço,

    Lb

    ResponderEliminar
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar

 
Add to Technorati Favorites Free counter and web stats