8.9.12

a sede que há-de vir


não fales de nós no presente
não digas que hoje, porque hoje
não é ninguém que aqui esteja
diz-me um passado que saibas
cheio de casos, perguntas e noites
diz-me amanhã o que queres e eu
até esqueça e seja o futuro outro
deitemos uma vontade ao vento
e venha o dia, se um esse dia vier
em que a sede que agora não tenho
se sacie com água que nunca será

3 comentários:

  1. Você parece se superar a cada poema. O tempo? o que é diante do amor e do desejo?

    ResponderEliminar
  2. Que perfeição!!!
    um poema de meios, um ponto que liga e interliga...
    Uma poética sem fim....
    Nossa, adorei aportar aqui!

    ResponderEliminar

 
Add to Technorati Favorites Free counter and web stats