Ele tinha as suas coisas e ela também tinha as suas coisas. Cada um deles tinha também verdades e pontos de vista, como toda a gente tem tantos. Viviam em permanentes tangências dos seres, ou das suas coisas. Mais raramente do resto. É uma história como as outras mas com menos espaços, pouco mundo e muita bagagem.
Os dois corpos encolhiam-se, torciam-se e incomodavam-se por entre caixotes cobertos de pó e cadeiras sem uma perna. Às vezes esticavam um braço com esforço e afloravam com os seus os dedos do outro, outras vezes não. Aquilo só parecia mal a quem olhava de fora. Ninguém olhava de fora. Não havia de fora. O espaço que tinham era todo dentro e enrolava-se por entre as pernas todas. Ela cantava baixinho e ele talvez cantasse também, músicas simples e só o refrão. Afinal não havia motivos para grandes exaltações.
Os dois corpos encolhiam-se, torciam-se e incomodavam-se por entre caixotes cobertos de pó e cadeiras sem uma perna. Às vezes esticavam um braço com esforço e afloravam com os seus os dedos do outro, outras vezes não. Aquilo só parecia mal a quem olhava de fora. Ninguém olhava de fora. Não havia de fora. O espaço que tinham era todo dentro e enrolava-se por entre as pernas todas. Ela cantava baixinho e ele talvez cantasse também, músicas simples e só o refrão. Afinal não havia motivos para grandes exaltações.
Cumprimentos pelo novo blogue cá d'outro lado do Atlântico.
ResponderEliminarUm abraço.