Andávamos às almas
Perdidos como nuvens
Secretos como nós
Brincavas aos poemas
E eu a entendê-los
Apontavas para o céu
E eu dizia que sim
As árvores, os patos
E eu dizia que sim
As tuas mãos abertas
Os pés soltos na erva
E o medo contrário
Tão susto de mim
Tu eras o poema
E eu dizia que sim
"Em que língua se diz, em que nação, em que outra humanidade se aprendeu a palavra que ordene a confusão que neste remoinho se teceu?
ResponderEliminarQue murmúrio de vento, que dourados cantos de ave pousada em altos ramos dirão, em som, as coisas que, calados, no silêncio dos olhos confessamos?" José Saramago