Dou ao gato o que ninguém quer
Uma festa, uma palavra e sorrisos
Conversamos por algumas horas
E o gato entende, o gato aceita, o gato
é mudo de tudo o que, afinal, me dói
Adormecemos os dois pelo sofá
e sonhamos com quedas estupendas
Ele de uma janela e eu de um verbo
transitivo da primeira conjugação
Mas ele de pé de qualquer andar
e eu acordo pretérito, imperfeito
Sem um chão, sem qualquer sujeito
E, o que é pior, sem sequer um gato
"Dou ao gato o que ninguém quer"
ResponderEliminarAssim é, quantas vezes? Eu tenho um gato que fica, quando todos se vão...
Um beijo