cantavas o nome louco das coisas
como bichos rezam e o vento sonha
trazias o tempo metido nos bolsos
e cheiravas a ontem, e sabias a riso
assobiavas o sol pelos dedos ágeis
enquanto o chão te dançava os pés
roubavas beijos que depois comias
e os poemas aconteciam-te
Que bonito *
ResponderEliminarMoço abençoado! quanta beleza brota de sua alma! Para mim, seus poemas são comoventes. Obrigada.
ResponderEliminar"e os poemas aconteciam-te"
ResponderEliminarAcontecem, leves como penas, profundos como o azul de um olhar infantil.
Lídia
Olá Nuno.
ResponderEliminar... e que especial foi ler este seu poema publicado no dia do meu anversário. Chamo-me Sonia e nasci a 20.08.1969.
Foi uma imensa Graça de Deus encontrar-me com o seu livro "Debaixo de Algum Ceu" que comecei a ler no 1º dia deste ano( foi um presente de Natal do meu marido Pedro) e só hoje percebi pq me voltei acruzar com as suas paginas...que o Nuno escreve este blogue...que maravilhosa surpresa...a 07.06.2010 partilhei esta imagem com um poema do Tolentino Mendonça, sj...sem ter dedicado tempo à leitura do seu blogue...ficou perdido ate hoje(andava apenas à procura de uma imagem...). Deixo-lhe o que partilhei na esperança de que com a Graça de Deus nos encontraremos um dia destes...
Bem Haja. Tudo de Bom.
(excerto de um email...emails partilhados com os amigos de sempre durante 3 anos..2009 a 2012)
PARA HOJE / 07.JUNHO.2010 e a espantosa realidade das coisas...é a minha descoberta de todos os dias. Hoje. Agora!
Pensamento do dia
( imagem do seu blogue..Acordar um Dia...)
Dias realmente úteis
Às vezes, demasiadas vezes,
a vida assemelha-se a uma repartição cinzenta,
onde os horários se cumprem sem empenho.
Estamos, mas fazemos sem compromisso íntimo.
Falamos e fazemos,
mas sentindo o nosso interesse noutro lado.
Vivemos, claro, mas com o coração distante.
Como é necessário tornar realmente úteis
os dias úteis!
Úteis não apenas por imposição do calendário.
Úteis, porque vividos com generosidade e sentido.
Úteis, porque não os atropelamos
na voragem das solicitações,
na dispersão das coisas,
mas sabemos (ou melhor, ousamos) fazer deles
lugar de criação e descoberta,
tempo de labor e de escuta,
modo de acção e de contemplação.
É preciso acolher o “inútil”
se quisermos chegar ao verdadeiramente útil.
P. José Tolentino Mendonça
De onde vem esta Força?
Que nos faz lutar, querer,
continuar, todos os dias...
Beijo na Alma
Sónia Aires
(saires@mariocoelho.com)
Muitos parabéns por partilhar connosco mais um excelente poema. Já tinha tentado comunicar-lhe via mail deste blogue a minha admiração pela sua obra. Aprecio o seu estilo poetico que transparece na sua prosa.
ResponderEliminarPedia-lhe que se pudesse dispensar 5 minutos do seu tempo a ler uma ou outra das minhas pequenas narrativas em camaradosincomuns.blogspot.pt, com feedback, ficar-lhe-ia muito reconhecido.
Obrigado,
GA
"...
ResponderEliminare sabias a riso
assobiavas o sol pelos dedos ágeis
enquanto o chão te dançava os pés
roubavas beijos que depois comias
e os poemas aconteciam-te"
... e os poemas sonhavam-te
aconchegavam-se sílaba a
sílaba nas estrofes do teu abraço
e os teus dedos cheiravam a mel de
jasmim quando enlaçavas as palavras
e com elas dançavas na brisa do vento.
:-)