Há homens para querer e outros que só se lêem.
Sentam-se em cafés com caneta e papel e despejam em palavras os amores que ninguém pratica.
São homens do lixo da gente, trazem no bolso cadernos-aterro onde se deita o que sobra, o que não cabe já em lugar nenhum.
“Tenho uma vida para cuidar, seguras-me aí o amor?”
E eles seguram, enterrados naquilo até ao pescoço, empestados de dor e lua.
Quando é que tudo se fez tão noite?
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