7.10.09

Πηνελόπη

Uma janela sempre aberta ao som do vento. O vento sabe empurrar o tempo, trazer o tempo para perto, onde ele é mais preciso.

O ar soprado toca o corpo sem pudor, sem perguntas. Dedos de um deus distante que um dia inventou arder.

Neste quarto antigo nãodias depois dos dias, nem tempo há neste lugar. Este quarto não é um sítio, choro e dor sem corpo.

Um grito a favor do vento chega onde quer chegar, vento também, sopro de dentro para fora.

À noite os corpos feridos não precisam de boca para falar.

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