Uma janela sempre aberta ao som do vento. O vento sabe empurrar o tempo, trazer o tempo para perto, onde ele é mais preciso.
O ar soprado toca o corpo sem pudor, sem perguntas. Dedos de um deus distante que um dia inventou arder.
Neste quarto antigo não há dias depois dos dias, nem tempo há neste lugar. Este quarto não é um sítio, só choro e dor sem corpo.
Um grito a favor do vento chega onde quer chegar, vento também, sopro de dentro para fora.
À noite os corpos feridos não precisam de boca para falar.
sentimentos ...
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