Não deixes que te enfie num poema.
Ouviste? Apaga o PC, parte-me os
dedos
ou outros órgãos internos, mas
não deixes,
não aceites versos ou merdinhas
literárias.
Ri-te de mim e de todas as palavras
longas,
bate-me quando eu disser Crepúsculo,
Imensidões, Miríades, Compassivamente.
Três sílabas chegam bem para o
que somos,
Gaivotas, Beijinhos, Torradas e
Cinema.
Faz de conta às vezes, mas não me
ligues,
festinha-me o pêlo e diz que sim,
que sim.
“Tem graça, são lá coisas em que
pensas.”
Não deixes que te enfie num
poema.