Ouço os
emigrantes que falam entre eles com línguas novas, rostos tão Sul de sons tão Norte.
Ouço os
emigrantes que falam em línguas e sinto-me assim, voltado de um lugar que não
fica onde.
Digo
palavras que são só minhas e que nem eu entendo, são palavras-ponte que já ninguém atravessa.
Só os
sotaques e as minis lhes seguram o passado, como a mim o medo e algumas canções
antigas.